O pai de Edgar era um alcoólatra que abandonou a família, sua mãe morreu de tuberculose quando ele ainda era criança. Edgar então foi adotado pela família Allan, ou quase isso: embora tenham criado o menino, nunca formalizaram a adoção, de modo que ele jamais usou o sobrenome Allan, este lhe foi dado após sua morte.
Alguns anos mais tarde, sua mãe adotiva também viria a morrer de tuberculose. Edgar foi morar com uma tia, posteriormente casou-se com a prima. Na época do casório Edgar tinha 27 e a esposa 13.
Poe tinha talento, mas não tinha muito traquejo social: escrevia romances e artigos de crítica literária; isso não dava dinheiro, era um pobretão. Mas um pobretão feliz com sua esposa. Sua felicidade, porém, foi breve: esposa ficou enferma e morreu vítima da mesma doença que levara sua mãe biológica e aquela que lhe criou: tuberculose. Edgar ficou desolado, começou a beber, há quem diga que passou a fazer uso de ópio.
Durante o período de agonia e morte de sua amada esposa, Edgar escreveu seus melhores romances. Parece que a boa literatura é resultado de uma vida por demasiado sofrida. Mas o sucesso nesse momento não lhe foi de grande serventia: era um alcoólatra, pobre e depressivo. Edgar terminou louco, internado em um hospital expirou dizendo "-Senhor, por favor, ajude minha pobre alma".
