Não apenas pela crítica, mas também através de elogios imerecidos se pode manifestar o juízo temerário, conforme ensina o filósofo católico Sidney Silveira:
Não nos custa aqui aludir a um critério ensinado por grandes teólogos ao falar da importância do conselho como dom do Espírito Santo: assim como a virtude da prudência não se identifica com a pura inação, que aconselha sempre a não agir e a não empreender coisas de importância, a fim de evitar incômodos ou dificuldades — pois muitas vezes o prudente é avançar, realizar, mover-se ao ataque quando a situação o exige —, assim também os juízos temerários não se dão apenas nas críticas, sobretudo quando o temerário é calar, omitir. Eles podem materializar-se nos elogios irresponsáveis, aduladores ou cínicos, em ocasiões nas quais o juízo da razão prática não se baseia em nenhuma evidência plausível.
