O fragor da batalha acendeu nele a luz da fé há muito esquecida

Certa feita, encontrava-se Gabriel Garcia Moreno exilado em Paris - devido as circunstâncias políticas de sua terra natal - . Naquela ocasião era um católico não praticante. Aconteceu de se envolver em uma discussão com um grupo de amigos, estes passaram a atacar sua religião, Gabriel passou a defendê-la vigorosamente, o fragor da batalha acendeu nele a luz da fé há muito esquecida. -Falais bem, meu caro - objetou-lhe um de seus interlocutores - mas essa Religião tão bela, parece-me que negligenciais um pouco a sua prática. Quanto tempo faz que vos confessastes pela última vez? Desconcertado, respondeu: -Retrucastes-me com um bom argumento pessoal que pode vos parecer excelente hoje, mas que amanhã, dou-vos minha palavra, não valerá mais. Derrotado, Gabriel voltou para casa louco de raiva. No dia seguinte se confessou e voltou aos atos de piedade que nunca mais abandonara. Eis um fato crucial na vida deste que se tornaria um mártir da fé, assassinado pelos maçons.

Por que Deus permite as heresias? Por que permite que por vezes os maus triunfem? Para despertar a tantos espíritos tíbios, que doutra forma não acordariam. Não raro, as guerras culturais fazem mais pela causa da religião que a "paz social".