sábado, 16 de agosto de 2025

Que fazer para que a filosofia atinja as grandes massas populares e a juventude brasileira em grande escala?

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Em entrevista ao o Pe. Stanislavs Laudusãns, o filósofo Mario Ferreira dos Santos comenta sobre a ideia de ''massificação'' da filosofia e os perigos da juventude.

– Que fazer para que a filosofia atinja as grandes massas populares e a juventude brasileira em grande escala?


Querer fazer a filosofia atingir as grandes massas populares em primeiro lugar será obra que se exigirá a descer a filosofia ao baixo grau de cultura das nossas massas populares. Precisamos é estudar o que devemos fazer para erguer as grandes massas populares à filosofia e isto só poderá ser feito através de um desenvolvimento da cultura nacional mas em linhas distintas das atuais, que tendam à filosofia positiva e não à filosofia negativista e niilista que penetra em nossas escolas.


Quanto à juventude brasileira, este é o mais grave dos nosso problemas. Somos um país eminentemente constituído de jovens, que formam a sua quase totalidade. Dado o grau baixo de cultura que temos, os nossos estudantes passam a formar uma elite intelectual. Isto demonstra o grau de inferioridade que nos encontramos. A juventude sempre na história – e é o que decorre da sua própria natureza – apresenta aspectos positivos e negativos. Positivos pela sua capacidade de ação e de idealismo, mas negativos pela sua irreflexão, pelo seu despreparo, pelo seu apressamento que a leva a cair facilmente nas malhas dos grandes agitadores e servir aos interesses dos demagogos e políticos. Em todas as épocas da humanidade a maior parte da juventude tendeu ou facilitou – ou pelos menos aquela mais ativa – facilitou a luta a favor das más causas. Foram os jovens que condenaram Sócrates, foram os jovens que perseguiram Aristóteles, foram os jovens que antes destruíram o Instituto Pitagórico, foram os jovens que perseguiram durante os tempos todos os grandes homens como Tomás de Aquino, São Boaventura quando eram mestres na Universidade de Paris. Esses jovens que são ativos, eficientes na sua parte destrutiva, são uma verdadeiro perigo para a humanidade. À juventude construtiva, então, o que nos cabe fazer é isto: construir novamente a juventude brasileira, dar uma cultura suficiente a ela, mais clara, positiva e concreta de modo que ela possa afastar-se completamente das tendências niilistas e possa pôr o seu desejo de ação, de realização e seu idealismo em alguma coisa concreta e que possa trazer benefício ao país. Fora disso nada dará resultado. 

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About Edmundo_Noir
Sommelier de anime, profeta do IApocalipse, missionário do chá e webteólogo. Pedalando entre ruínas.

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